Conversas inacabadas

15 setembro 2006

Ela (I) - Capítulo 2 – Palavras para quê?...


Alexandre Cabanel – O nascimento de Vénus, 1863








“Se ambas sabemos o que queremos…” e surgiu um beijo…outro e mais outro e muitos outros…e naquele jeito meio desajeitado de responder ao desejo, passaram a noite nos braços uma da outra. Naquela noite acordaram a vida.

No dia seguinte os sorrisos tímidos que trocavam discretamente compensavam o silêncio que se abateu sobre ambas. A intensidade daquela noite e a novidade deixou-as sem palavras…uma sensação de pecado...de sentimento de culpa…a autêntica “sensação de manhã seguinte” deixou-as em silêncio de palavras mas não de olhares…Deixaram então que fossem os olhos “a falar”…quando os corpos tinham dito quase tudo.

“Sempre livres mas unidas por um fio. Palavras para quê?” – foi o trato entre ambas no dia seguinte (escrito num postal…já que estavam mudas).
Hoje, aquela antiga casa de campo parece ter magia porque encerra histórias lindas de amor e porque aquelas paredes cansadas renovam-se em cada novo sorriso de paixão.
Passou-se tempo…que fez crescer o muito que elas se gostavam... que despertou os tantos sorrisos e fez rolar as muitas lágrimas…mas sempre juntas…

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